Por Julio Bastos, Superintendente Comercial da C2C

Um assunto que vem ganhando as redes sociais e a mídia de forma geral é a estratégia de divulgação do filme Barbie, uma boneca com mais de 60 anos de história e que ainda conquista públicos de diferentes idades. A discussão é sobre como essa estratégia vem causando uma onda de experiências imersivas, sensoriais e personalizadas ao público, cuja escolha da roupa para ir ao cinema, inclusive, vem sendo induzida pela comunicação geral do filme.

Pensar em experiência personalizada e casar isso com o comportamento do shopper e a rapidez como essa conexão vem ocorrendo é desafiador, porém não impossível. A personalização não necessariamente está em fazer algo único a cada consumidor, e sim fazer com que cada pessoa se sinta única no momento da experiência. Assim, o essencial é pensar em como transformar ideias e experiências em algo escalonável. Afinal, ao mesmo tempo em que o cliente quer fazer parte da tendência, também deseja se sentir exclusivo.

Vamos usar como exemplo as reproduções das caixas das bonecas Barbie em cinemas e lojas, em tamanho que uma pessoa adulta consegue entrar e ser fotografada. A ação não é diferente para cada consumidor, mas cada um que a vivencia tem uma experiência diferente. Desde voltar à infância com as memórias de brincadeiras com a boneca até postar nas redes sociais o look especialmente escolhido para o evento e que combina perfeitamente com a estrutura montada para ser “instagramável”.

Colher e analisar dados: a saída para personalizar experiências

Para entender as necessidades e os desejos do shopper e prever que tipo de experiência será atrativa, colher e analisar dados é algo imprescindível. O uso de dados não é uma estratégia nova, o que entra de novidade na jogada é a utilização da Inteligência Artificial e tudo o que a tecnologia pode ofertar. Apenas dessa forma será possível acompanhar os novos comportamentos de compra e o mais importante: as novas gerações de shoppers.

Estar por dentro de assuntos atuais, mapear o que está fazendo barulho no Brasil e no mundo e trazer essas tendências de alguma forma para o PDV geram no shopper um sentimento de conexão, atualização e exclusividade. Sempre falamos sobre inteligência aplicada na tomada de decisão e desenho de ações regulares e sazonais, porém cada vez mais se faz necessário pensar fora da caixa para se destacar em meio à concorrência. Afinal, inúmeros vendedores apostaram em alguma experiência relacionada ao filme Barbie – o que fazer, então, para se destacar em meio a tanto cor de rosa?

O uso de IA pode promover uma experiência phygital memorável e disruptiva. Por exemplo: uma gôndola onde você pode ter uma receita prática de culinária e que possa ser enviada por WhatsApp ao shopper, e que indique o melhor vinho, sobremesa ou até mesmo a ocasião em que ela pode ser preparada, além de gerar no consumidor o desejo e novas ideias de uso do produto, faz a marca permanecer na mente dele por meio de uma experiência que saiu do tradicional.

Voltando à boneca mais famosa do mundo e à reprodução das caixas gigantes da Barbie que invadiram o varejo: a estratégia casou muito bem com lojas de roupas, uma vez que os consumidores podiam sair com o look novo direto para a foto nas redes sociais. Nesse caso, uma opção do uso da IA no PDV poderia ser um tablet, ou QR code, na caixa que levasse a uma pesquisa rápida de preferências e que, ao final, sugerisse looks prontos: captação de dados e oferta de experiência personalizada em uma mesma ação.

Elaborar estratégias especiais para entrar nas trends depende de trabalhar o uso de dados das ferramentas de pesquisas do time de merchandising que está no dia a dia com o shopper e se aliar às redes varejistas na busca do uso de dados coletados no CRM/aplicativos dessas redes. Assim, com o uso de forma rápida e ágil dos dados e da tecnologia e com todos os insights que fornecem em tempo real, é possível conhecer melhor o shopper, gerar conexão com ele e, principalmente, personalizar sua experiência de compra.

Quando pensamos nas gerações mais jovens, como millenials e geração Z, o uso de tecnologia no trade marketing é essencial, do contrário estamos falando de um público que fica facilmente entediado. E não podemos esquecer que ainda temos novas gerações surgindo e cada vez mais a atenção, exclusividade e inovação se destacarão na experiência e no resultado de vendas.

Quer usar as tendências a favor da melhor experiência do seu consumidor? Converse com a C2C.

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